RENATO ALVES ANA MARIA Com Edson Celulari [ Parte 2 ]
Renato Alves Ana Maria. Renato Alves foi entrevistado no programa Mais Você pela Ana Maria Braga. Nessa Parte 2 da entrevista (a Parte 1 foi publicada nesse post Aqui) Renato Alves explicou sobre suas técnicas de memorização e também definiu o termo “branco na memória”.
Edson Celulari participou da entrevista contando o que faz para decorar seus textos 🙂
Além disso, Renato Alves respondeu à pergunta feita por Cláudia Raia ao telefone: o que fazer para ativar a memória?
Acompanhe agora essa entrevista de Renato Alves Ana Maria Braga com Edson Celulari 👇
Renato Alves Ana Maria Explicando Sobre Suas Técnicas de Memorização
Renato Alves: As técnicas de memorização, ou técnicas mnemônicas, elas trabalham com um conceito muito simples: você tem que se familiarizar com a informação em primeiro lugar, você tem que organizar… que é uma espécie de associação. Você disse “amplexo” e eu rapidamente associei a complexo… um complexo difícil… alguma coisa assim… para eu poder rapidamente criar uma imagem. E a imagem é o que nós chamamos de assimilação. Então… estudar, organizar e assimilar. Isso determina na velocidade. Eu acho que é muito legal para as pessoas em casa saberem que isso está ao alcance de qualquer ser humano. A memória… as técnicas de memorização.
Ana Maria: Me dê um exemplo pra ficar mais claro.
Renato Alves: Eu vou dar um exemplo… o número 1 (um) vocês me disseram “esguicho”. O número 1 (um) em uma técnica de memorização clássica… tradicional… você dá nomes a cada número. Número 1 (um) teia, número 2 (dois) Noé, número 3 (três) mãe, número 4 (quatro) cão. Então, número 1 (um) teia você visualiza um esguicho, número 2 (dois) Noé você imaginaria um carimbo na testa do Noé. Número 3 (três) é mãe na minha memória.. .você imagina fazendo uma dublagem. Número 4 (quatro) cão na minha memória.
Ana Maria: De que número até que número? De 1 (um) até 100 (cem)?
Renato Alves: Essa técnica, ela se estende por mais de 5.000 (cinco mil) palavras.
Ana Maria: Ligada aos números?
Renato Alves: É.
Ana Maria: Por exemplo, você poderia ajudar o ator como por exemplo o Edson Celular que está nos visitando aqui hoje?
Renato Alves: Podemos!
Renato Alves Ana Maria Conversando Com Edson Celulari
Ana Maria: Vou ver se ele está aqui já… É o Edson Celulari vem hoje aqui passear. Oi Edson! Como vai? Que lindo! Prazer em te receber viu?
Edson Celulari: Também querida!
Ana Maria: Como vai a família?
Edson Celulari: Muito bem!
Ana Maria: É? Sofia linda…
Edson Celulari: Enzo lindo também… Cláudia…
Ana Maria: Esse é o Renato.
Edson Celulari: Impressionado com você!
Renato Alves: Muito prazer.
Edson Celulari: Prazer também!
Ana Maria: Como é que você faz? Você tem dificuldade de decorar texto? Outro dia eu entrevistei o Fagundes e ele disse que não tem dificuldade nenhuma. Ele viu o texto e tchuu pra ele tá pronto.
Edson Celulari: o Fagundes parece que tem uma técnica maravilhosa porque ele consegue fazer uma leitura parece que diagonal que é uma técnica também de leitura e com isso ele cria uma rapidez incrível. Ele é capaz de pegar uma lauda, uma página inteira e na hora lê e já sai falando e eu não consigo isso. Mas a técnica dele é o que a gente usa. É como se fosse um músculo né? Você tem que exercitar e tem que associar. Tudo aquilo que você… eu por exemplo… eu tenho que ler. Se eu ficar escutando só, já é mais difícil. Você vê que é uma pessoa que tem memória visual né?
Edson Celulari: Exatamente.
Renato Alves: A necessidade de visualizar. Isso vai lhe ajudar no texto na questão de visualizar… por exemplo… você lê um diálogo, fecha os olhos e visualiza. Agora antes disso, no tratamento de textos… uma técnica bacana que eu ensino aos estudantes: pega um papel. Você faz um esboço da cena por exemplo né? E depois que você entendeu a cena, você cria uma espécie de alicerce. Quer dizer, eu entendo o que vai acontecer. Se eu entendo o que vai acontecer fica mais rápido e mais simples memorizar o diálogo. Seria talvez o caso do Fagundes. Quer dizer, primeiro eu entendo toda estrutura. É como se eu tivesse ouvido uma fofoca. Você me contou uma fofoca: olha aconteceu assim, assim, assado. Desse jeitinho. E depois que eu entendi o que aconteceu, uma ou duas vezes… dependendo da sua necessidade.
Edson Celulari: É capacidade de concentração, de você focar. É que nem contar uma piada. Alguém escuta uma piada e na mesma hora já sai repetindo. E às vezes até melhorada né?
Ana Maria: Tem outras pessoas que não lembram nunca.
Edson Celulari: Qual é mesmo a piada? Chega na hora de contar a piada, erra!
Ana Maria: É uma tristeza pra gente que fica esperando a piada.
Renato Alves Ana Maria e o Branco Na Memória
Renato Alves: O branco na memória, Edson e Ana, ele é um alarme silencioso indicando que existe algo de errado com o indivíduo.
Ana Maria: O branco na memória.
Renato Alves: Toda vez que eu tenho um branco na memória eu agradeço. Porque é um sinalzinho de alerta no meu sistema nervoso dizendo assim olha… tem algo de errado com você.
Ana Maria: Tipo o quê?
Renato Alves: É de ordem emocional ou física. Por exemplo, o branco na memória você encontra uma pessoa de surpresa… a pessoa “Oi, tudo bem? lembra de mim? nós estudamos juntos”. Aquela surpresa que você tem faz com que seu sistema nervoso, eu costumo chamar de herói trapalhão, ele desliga o fiozinho da memória porque você teve aquela surpresa e você fica naquele constrangimento.
Ana Maria: Ou pior ainda, quando você tá construindo uma frase, uma palavra banal que você está acostumado a usar e de repente… um adjetivo pra alguma coisa e essa palavra não vem! Você sabe que sabe. Você já teve isso?
Edson Celulari: No teatro, no palco… acontece… você tem um programa, está falando uma coisa e de repente.
Ana Maria: Falta uma palavra!
Edson Celulari: E no palco… claro… você tem também recursos né? Você tá falando um texto, você se desconcentra e você esquece o que você vai falar e a plateia toda te olhando e você… ou você troca a palavra… você tem técnicas também de retomar… você anda um pouco… você olha pra um colega. Você tá contracenando com alguém, esse colega pode te ajudar.
Ana Maria: A pessoa deve ficar te olhando assim….
Edson Celulari: É importante que aquilo fique internamente e o público não perceba. Isso acontece…
Renato Alves: Normalmente não percebe!
Edson Celulari: Acontece… mas também é gostoso porque você fica exposta àquilo e é muito estimulante.
Ana Maria: A Cláudia decora mais fácil que você, ou não?
Edson Celulari: Eu acho que não… é igual.
Ana Maria: Trocam isso em casa?
Edson Celulari: Para o ator é diferente. O processo de decorar é um dos momentos né? Porque você tem que não só entender obviamente, pra parte racional, e você tem outros estímulos né? Além do visual… por exemplo… a técnica de você associar um texto ao emocional né? A técnica do Stanislavisk por exemplo… você recorrer à sua memória emotiva pra associar aquilo a uma emoção. O meu personagem no espetáculo, ele pode ter perdido… sei lá… a esposa né? ou a mãe. Então, se eu já perdi… não é o caso né? Eu tenho a minha mãe linda lá em Bauru tá assistindo o programa… mas aí se eu já perdi a minha mãe eu vou lembrar qual foi a dor e ajudar esse meu personagem com essa dor pessoal. Mas tem uma outra técnica que é do Brotovski que é o estímulo físico que também é… assim… de grande ajuda pra memória. E ajuda nas marcas se você tem aqui um movimento né? Em cena… a hora que eu sento eu associo com tal imagem ou com tal fala.
Renato Alves: exatamente!
Edson Celulari: ou com tal informação.
Renato Alves Ana Maria Entrevistando Cláudia Raia
Ana Maria: Eu estou com a Cláudia no telefone. Bom dia Cláudia! Cláudia: Bom dia Ana!
Ana Maria: Que saudade!
Cláudia: Você está aí com o meu amor mais lindo do que nunca… arrasando no teatro.
Ana Maria: me assusta cada vez que eu vejo. Parece que tem… você faz alguma coisa com ele que ele vai ficando mais jovem… mais jovem… mais jovem…
Ana Maria: você tem alguma pergunta Cláudia, pra fazer para o Renato? Que possa te ajudar. Mas você me parece que decora tão bem os textos. Você é tão firme na interpretação.
Cláudia: É… não… eu estava ouvindo a entrevista dele, achei muito interessante e queria perguntar pra ele… quer dizer… se ele acha que as pessoas hoje em dia… ele diz que as pessoas exercitam menos a memória… se ele tem alguma coisa a dizer como é que a gente pode reativar isso? como a gente pode trabalhar melhor a nossa memória focada, já que hoje são muito mais informações que a gente tem que ter na vida e muitas coisas a mais pra decorar. No nosso caso a vida é decorar né? A gente decora 50 laudas por semana. É um trabalho absurdo. Agora, uma pessoa normal né? O que ela teria que fazer pra ativar mais a memória dela no dia a dia.
Renato Alves: Cláudia… uma primeira orientação é parar com uma crença de que a memória, ela fica ruim ao longo da vida. Isso é muito perigoso, isso é muito delicado. A história da aposentaria… me aposentei… parei de utilizar.
Ana Maria: Se você acredita nisso, as coisas acontecem né?
Cláudia: quer dizer que o cérebro não envelhece?
Renato Alves Ana Maria Explicando Sobre a Memória ao Envelhecermos
Renato Alves: não é conceito de motivação não. Isso realmente… quando você acredita na tua memória. Quando você respira fundo, se concentra e coloca toda sua energia, toda sua mente naquela leitura, naquela realização…. você consegue. Agora, o que drena a nossa energia Cláudia… às vezes eu leio o texto preocupado com o horário de uma gravação, preocupado com um problema na família financeiro. Eu não consegui me desligar dos outros problemas. Isso faz com que eu não tenha concentração. E quem não se concentra, não memoriza. Isso é um conceito importante.
Edson Celulari: Objetivos né?
Renato Alves: Perfeito! E você não ter também… Ter como espelho pessoas de idade avançada lúcidas.
Ana Maria: Nossa… e tem muitas!
Renato Alves: Como por exemplo a Derci Gonçalves 102 (cento e dois anos).
Ana Maria: Dona Canô que tem 100 (cem) anos.
Renato Alves: Dona Canô 100 (cem) anos, exatamente!
Edson Celulari: Niemayer.
Renato Alves: Oscar Niemayer que aos 100 (cem) anos foi convidado pra fazer a capital de Angola.
Edson Celulari: Eu quero chegar aos 100 (cem) trabalhando! e depois mais 20 (vinte) só pra descansar!
Renato Alves: Uma coisa é levar o corpo aos 100 (cem) anos outra coisa é lucidez aos 100 (anos).
Ana Maria: Isso é o fundamental, senão não adianta chegar lá.
Edson Celulari: Aliás com a terceira idade… essa coisa de terceira idade não é só com relação à memória né? A terceira idade é útil sempre né? É só você estar ativo.
Ana Maria: Claudinha eu vou te liberar que eu sei que você tem que trabalhar.
Renato Alves Ana Maria – Conclusão
Faz parte da profissão de atores, como por exemplo Edson Celulari, decorar textos de novelas, filmes, etc. Por isso, aprender técnicas de memorização torna-se essencial e muito procurado por esses profissionais. Nessa entrevista, Renato Alves Ana Maria Braga recebeu Edson Celulari e conversaram sobre métodos para decorar textos.
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PESQUISAS COMUNS SOBRE RENATO ALVES NA ANA MARIA BRAGA:
1 – estudar e memorizar
2 – renato alves na ana maria braga
3 – renato alves ana maria braga
4 – renato alves no programa ana maria braga
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Abraços e bons estudos!